26/08/2012 - 13/04/2013
As artes concreta e neoconcreta tinham em comum a busca da pureza das formas e sua expressão. Dessa forma, podemos dizer que Willys de Castro é um artista moderno. Com uma trajetória intensa, envolveu-se em muitos aspectos do fazer artístico, assumindo uma atitude realmente moderna: pensou e produziu em artes plásticas, performáticas e visuais. Atuou como artista e gestor cultural – foi curador, jurado em concursos e salões, galerista, empresário, editor, crítico, designer gráfico e têxtil.
Sua trajetória rica nos faz pensar na urgência de se rever os anos que abarcam, sobretudo, as décadas de 1950 a 1970 nas artes plásticas de São Paulo, período muito profícuo em discussões e renovações plásticas e conceituais.
Visivelmente interessado em registrar seu percurso profissional, o Arquivo de Willys de Castro depositado no Instituto de Arte Contemporânea permite que possamos tomar contato com um expressivo conjunto de informações e compreender seu processo de criação artística.
Matéria-prima de valor quase inestimável, trabalhar com material de arquivo assemelha-se, talvez, ao processo de reconstrução que o arqueólogo emprega a partir de evidências materiais: esquemas, esboços, fotografias, notas, partituras musicais, artigos de jornais e revistas, anotações, manuscritos, datiloscritos e correções a partir dos quais, identifica-se uma personalidade artística inserida no debate cultural de sua época, além de se compreender a maneira como a própria história da arte, da crítica e das ideias é tecida ao longo do tempo.
Na mostra que o IAC apresenta ao público a partir de 18 de agosto, destaca-se o importante e belíssimo material que compõe o Arquivo Willys de Castro ressaltando sua preocupação com a composição de séries que acentuam o raciocínio moderno que imprimiu em todas as suas experiências e pesquisas como artista: poemas, música, obras de artes plásticas e gráficas.
A exposição Deformações Dinâmicas apresenta obras expressivas que marcam a influência recíproca entre a formação do artista e seu meio cultural e acentua a importância daquele artista e sua época no desenvolvimento de um conceito específico de arte extremamente original produzida no Brasil e, mais que nunca, ‘descoberta’ pelo mundo.
Marilucia Botallo
Pesquisa
David Forell
Teresa C. Carraro Abbud
Coordenação
Jeane Gonçalves
Produção Executiva
Agenda Projetos Culturais
Projeto de exposição
Elisio Yamada
Gerson Tung
Cristiane Bloise
Montagem
Estudio Guaiamum
Projeto de Iluminação
Lux Projetos
Assessoria de Imprensa
Sofia Carvalhosa
Educativo
Marcelo Gandhi
Vídeo
Adolfo Borges
MUBA
Centro Universitário Belas Artes de São Paulo
Paço Imperial - Rio de Janeiro
Iphan - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
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